sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ela caminhava sozinha pela rua deserta.
Asfalto e mais asfalto.
Desejava que alguém lhe abraçasse agora.
Ninguém ali.
As nuvens escuras no céu se fechavam.
No fim da rua havia uma árvore.
Uma única árvore com suas folhas já em tons de marrom.
Seguiu adiante com seu fone no ouvido.
A música embalara seus passos.
Andava chutando pedrinhas, mas sem tirar os olhos da árvore.
Estava chegando perto, em seu ombro pousou uma borboleta branca.
Como quem incentiva alguém a continuar, a borboleta bateu suas asas no ombro dela e voou.
Pousara na árvore, ela a seguiu com os olhos, paralisada.
O branco das asas se contrastavam com o tronco.
Ela desejou poder voar.
A música continuava baixinha por seus ouvidos.
A borboleta levantou voo, como se tivesse cumprido seu papel foi embora.
A menina não se sentia mais sozinha naquele momento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário