quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ela me puxou, estava sentada, eu de pé.
Caí em seu colo.
Tentava não deixar com que ela sentisse o peso de meu corpo.
Mas ela brigava comigo.
Dizia insistentemente que aguentava.
Conversávamos entre pequenas discussões sobre meu peso.
Um silêncio se estabeleceu por um instante.
Ela olhava para mim fixamente nos meus olhos.
Eu não conseguia tirar os olhos de sua boca.
Me aproximei.
Segurei seu queixo.
Sua boca abriu, parecia esperar pela minha.
Eu a beijei.
Um beijo tímido, acompanhado do embalo do ônibus se estendeu.
Lombada.
Nos separamos.
Não sei quem estava com mais vergonha.
O castanho de seus olhos refletia os meus.
Confesso que vi um brilho naquele instante.

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