quinta-feira, 18 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
E mais uma vez eu me sinto sozinha, por mais pessoas que tenham ao meu redor, só consigo sentir a solidão e o vazio que toda vez que me iludo com aquelas palavras, aparecem fazendo com que eu queira morrer.
Morrer para acabar com essa angústia, a angústia que teu amor me dá, a angústia proporcionada por toda a incerteza de seu amor e sua fidelidade.
E eu insisto em ignorar os conselhos que aquelas pessoas que estão à minha volta me dão, com todo o intuito de me ajudar a fazer com que essa dor cesse, ou apenas com que ela se camufle, como todas as outras vezes em que depois de pensar, chorar e me desesperar por você, ela acabou se escondendo.
Talvez tenha se escondido com erros meus, sim, posso chamá-los de erros, pois qualquer ato meu que machuque outra pessoa com objetivo de me salvar deve ser considerado um erro.
Talvez até o erro específico seja te amar, esse amor doentio e obcecado que alimentas toda vez que enche a boca para dizer que me ama.
E mesmo que eu pense que o erro é meu, simplesmente por não conseguir, não, verbo errado, por não saber te dizer não e deixar que penses que para toda e qualquer obra eu estarei aqui.
Não conseguiria fugir, eu estarei sempre aqui, mesmo que me machuques como faz toda vez que se refere à outra pessoa com aquela sua euforia de garota apaixonada.
E porque eu insisto nisso tudo? Simplesmente pelo fato de que eu não sei viver sem você, por mais melodramático e absurdo que isso pareça, é a realidade, a minha realidade, a sua realidade. Assim como você não consegue viver sem mim, mesmo que seja para me ter como step para a hora em que seu coração chorar por outro alguém.
Entenda que nada do que eu te disse até hoje foi em vão, que nenhum sentimento que expressei ou guardei foi de mentira. Fora a realidade mais cruel que já enfrentei e enfrentei muitas e muitas vezes, sempre de cabeça erguida, sempre seguindo depois de cair de uma altura absurda.
Não é que eu goste de sofrer, a questão é que de todas as vezes que meu coração se partiu, ele já não sente mais tanta dor quanto sentia antigamente, no início. Na época em que não ligava tanto para sentimentos.
Mas hoje mudou, por mais jovens que nós sejamos, por mais tempo que tivermos até o fim, eu não sei mais se posso acreditar quando você diz que quer. Nem quando diz que me quer, nem quando diz que quer terminar.
Eu não sei mais como interpretar seus sentimentos e suas vontades. Eu me machuco toda vez que sinto que não ocupo um lugar tão especial, nem tão grande da sua vida.
Eu que já escrevi tanto sobre o amor, que já dei tanta opinião em relacionamentos de pessoas que eu conheço, pessoas que eu não conheço, que já fantasiei tanto com relação à isso sinto como se não soubesse mais nada, e eu realmente não sei mais o que fazer, nem o que pensar, nem onde me apoiar.
Eu queria de volta a inocência de criança, onde eu não conhecia sentimentos, onde qualquer bola me deixaria feliz e qualquer doce poderia me satisfazer.
Eu não quero mais meu coração.
sábado, 9 de outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
-Briguei com a Andréia! Me deixa quieta aqui, eu quero ficar sozinha!
-Brigou com aquela sua amiga estranha? Eu falei que não era para você continuar falando com ela, aquela menina estranha...
Sua mãe ficou um tempão ali parada ao seu lado a culpando por algo que ela nem tinha certeza do que era, mas ela já não tinha noção do tempo e não prestava mais atenção no que a mãe dizia. Levantou a cabeça, olhou para o céu e reparou que estava escuro, mais escuro que o normal, não enxergava a Lua e as estrelas não pareciam ter muita vontade de brilhar naquela noite fria. O vento estava forte e gelado, sentindo ele bater na sua cara se deu conta de que não teria mais as mãos quentes e firmes de Andréia para segurar as suas, não sentiria mais os lábios grossos e carinhosos de sua amada junto aos seus, sentiu então um forte aperto no coração, levantou e reparou que sua mãe não estava mais ali.
Foi até o seu quarto após algumas horas sozinha no frio, ligou o rádio, na estação que ela sempre ouvia, e logo começou a tocar aquela música que ela tinha declarado à Andréia uma semana antes e saiu tropeçando no lençol jogado ao chão para desligar o rádio. Sem mais nada fazendo sentido, pegou o celular e discou o número de sua amada, discava e apagava, discava e apagava, fez isso umas sete vezes e sem mais forças para nada pegou no sono com o celular na mão.
Era umas 3 e meia da manhã quando sentiu seu celular vibrar, acordou rápido com uma pontinha de esperança dando a ela uma vontade enorme de gritar, antes que o celular começasse a tocar aquele toque tosco que sempre fazia Andréia rir ela atendeu, não deu tempo nem de olhar quem era, sem noção de horário, falava alto, do outro lado da linha uma voz trêmula implorava para que ela diminuisse o tom da sua voz.
-Me desculpa Rafa, eu fui uma idiota, eu sei que você não teve culpa, eu sei que não teve sentimento, eu te amo, eu não posso ficar nem mais um minuto sem você! Me perdoa?
Abalada com aquelas palavras que sonhou ter ouvido, Rafaela não tinha palavras, não conseguia emitir uma palavra que não parecesse um grunhido e antes que pudesse falar algo Andréia prosseguiu:
-Olha, eu sei que fui estúpida contigo, que eu fui irracional, mas... você sabe o quanto você significa pra mim! Você sabe que a idéia de ter que imaginar você com outro me enoja, me deixa tonta e perdida. Eu sei que foi a sua prima quem te obrigou, eu conheço a tua mãe, sei que ela não aceitaria e sei o quanto ela é importante para você. Por favor me perdoa!
Rafa já não sentia mais as suas pernas, chegou perto da janela e sentiu seu coração bater tão forte quanto na primeira vez em que se beijaram
-Amor, viu como praticamente não tem estrelas no céu hoje?
-Elas estão tão abaladas quanto eu, me perdoa?
Rafa se sentia cada vez mais machucada a cada palavra que saía da voz doce e firme de Andréia que agora soava meio gaga, meio triste e tentando ser o mais firme possível disse que estava indo para a casa de Andréia naquele momento.
Andréia não teve tempo de responder, Rafa, antes de se arrepender, chamou um táxi e desligou o celular.
O táxi chegou em menos de 10 minutos na frente da casa de Rafa, o que para ela, parecia uma eternidade, já que cada segundo insistia em se arrastar.
Levou mais 15 minutos para chegar na casa de Andréia, Rafa esqueceu de pegar o troco e saiu corredo do táxi, batia desesperadamente na porta e Andréia demorou um pouco para abrir, quando ela ouviu o barulho das chaves girando sentiu seu coração pulsar mais uma vez e logo que Andréia apareceu na porta Rafa a agarrou como nunca tinha feito a ninguém antes, com tal paixão que nem se deu conta de que a porta ainda estava aberta e o táxi parado ali na frente, Andréia, com os olhos inchados, fechou a porta, abraçou Rafa, olhou em seus olhos doces que sempre foram o motivo de seu sorriso e disse:
-Seu cabelo nunca esteve tão lindo!
Rafa passou a mão pelos seus longos cabelos pretos e lembrou que não tinha penteado, nem se arrumado. As duas caíram na gargalhada e Rafa lembrou de todos os momentos em que Andréia a tinha feito sorrir, elas então se beijaram numa intensidade a qual nunca imaginou.
Andréia deu um leve empurrãozinho em Rafa, que a olhou com um olhar meio perdido e mais uma vez com a voz firme, que sempre confortava Rafa nos seus piores momentos disse
-Eu te amo mais que tudo, fica comigo essa noite...
sábado, 28 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
-Você vai ficar bem, amor, eu sei.- tentei acalmá-la, mas parecia que nada do que eu dissesse poderia ajudá-la.
Desde que ela tinha me contado da doença eu não dormia mais, não comia direito, minha vida parecia não ter outro motivo que não fosse estar do lado dela até o fim.
Na última semana ela havia piorado, não saí mais do hospital, ela não olhava mais diretamente nos meus olhos e eu não entendia o porque. Essa dúvida me matava, teria eu feito algo errado? Algo que a magoasse? Não sei, não conseguia me lembrar de nada que a tivesse deixado assim. Mas o pior é que eu não sabia como perguntar. Todas as vezes que seus olhos passaram rapidamente pelos meus, vi neles um abismo, mas um abismo diferente daquele que vi quando meu coração ela roubou. Naquele abismo que eu cai, eu não tive medo, eu quis me entregar à ele. Nesse abismo que vi de relance, pude perceber o medo e confesso que me apavorei um pouco com isso.
Desde que nos conhecemos, ela era para quem eu corria quando algo estava errado, ela era quem me levantava. Agora eu amaldiçoava a vida por vê-la ali, sofrendo, sem poder fazer nada.
Ela pegou no sono, ainda de mãos dadas comigo. Eu a soltei, peguei meu cigarro e meu isqueiro e fui para fora, acendi, vi o fogo queimar o papel, a brasa aumentando, lembrei de uma de nossas primeiras viagens, quando acendi a lareira e abri uma garrafa de vinho, a imagem dela sorrindo me veio à cabeça, meus olhos se encheram de lágrimas, eu fiquei tonta, me escorei em uma parede, escorreguei por ela até o chão, tentava controlar minhas lágrimas, não poderia demonstrar fraqueza, nem dor, eu tinha de ser forte. A brasa queimou meu dedo, como um reflexo larguei a bituca. Levantei e voltei para o quarto.
quando entrei ela estava acordada, sentei ao seu lado, respirei fundo, tomei coragem e perguntei porque ela não deixava eu me perder em seu olhar. Ela virou para mim.
-Eu não quero que você leve de mim a lembrança de um olhar vago, você foi a pessoa que mais deu sentido à minha vida, a pessoa que eu mais amei, eu quero que você leve de mim, a lembrança mais bonita que você tiver guardada em sua memória, e eu sei que isso nós temos de sobra, porque o que me faz sorrir agora são as coisas que nós vivemos e as coisas que você me disse.
Dessa vez, quem não conseguiu fixar o olhar fui eu, abaixei a cabeça e as lágrimas que eu tanto segurei, caíram.
-Você não precisa esconder tudo o que você está sentido, vida. Eu sei que você talvez esteja sofrendo tanto quanto eu, mas eu te amo, e por mais que eu seja o motivo dessa sua dor, eu também quero ser, pelo menos mais uma vez, aquela que alivia a sua dor.
Eu estava aos prantos, não poderia viver sem ela, não, aquilo não poderia nem ser uma possibilidade.
-Eu sei que vai ser difícil pra ti, mas lembra do nosso início de namoro, também foi difícil, mas nós superamos, juntas, e mesmo que eu vá, eu nunca deixarei de estar ao seu lado, te amando, como eu também sei que você nunca vai deixar de me amar.
-Mas você é a razão da minha vida. Eu não posso continuar vivendo sem uma razão.
-Claro que pode, tanto pode, como eu quero que você continue aqui, firme e forte. Você vai encontrar uma outra pessoa, eu sei, você é linda, querida, amável, mas eu preciso te deixar livre para ser feliz mais uma vez, eu preciso te deixar livre para que você possa proporcionar tudo o que você me deu para outro alguém. Você merece mais que ninguém ser muito feliz, com ou sem mim.
Eu não consegui falar mais nada, me ajeitei ao seu lado, abraçando-a com cuidado, talvez ela tivesse razão mesmo, mas demorou um bom tempo para eu começar a aceitar essa idéia.
Naquela noite, eu perdi o meu amor.